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DOURADOS
O território do atual município de Dourados começa a ter seus contornos com a fixação de famílias não índia no final do século XIX e início do século XX, habitadas por populações indígenas das comunidades, Kaiowá, Guarani e no inicio do século XX vieram também os Terenas. Os seus ascendentes e descendentes estão fixados na reserva indígena, localizada ao lado do perímetro urbano de Dourados. Em 1870, com o término da Guerra do Paraguai, iniciou-se um povoamento não índio mais efetivo nessa região, que foi percorrida também pelos espanhóis e bandeirantes em busca de riquezas naturais.
INÍCIO DO SÉCULO XX
Do fim do século XIX ao início do século XX, a fazenda é um forte início de ocupação do território pela ausência de povoados e o cavalo sendo o único meio de locomoção. As histórias e lendas contadas na região dão ideia das lutas que se travavam em razão da conquista da terra. Os conflitos ocorrem pelo motivo de os migrantes chegarem em um território que já foi ocupado pelos índios e pela Companhia Mate Laranjeira. Segundo Mercules Ernandes, o povoado que se cria não tem muita importância significativa como residência fixa de um grande número de pessoas, mas sim como um ponto de encontro onde, de tempos em tempos, as pessoas se reúnem em razão do comércio que se desenvolve, ou pelas festas religiosas.
Desde o final do século XIX, dentro da área de atuação da Companhia Mate Laranjeira, especificamente no planalto sedimentar da bacia do Paraná, famílias oriundas do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo fixaram-se em terras devolutas pertencentes ao território do então município de Nioaque, Mato Grosso. Terras há muito ocupadas pelos índios Guarani que viviam espalhados pela região e utilizavam o território como rota de passagem, principalmente as margens do Rio dos Dourados. Por ser vasto, Nioaque, possuía distritos policiais distribuídos pelo interior, sobretudo em áreas com significativa concentração de indivíduos. Uma dessas áreas, localizada nas proximidades do Rio dos Dourados, recebeu o nome do topônimo originando assim, o distrito policial de Dourados. Perto da sede do distrito policial, em 1903, Marcelino Pires, um paranaense, se instala e toma posse de alguns hectares de terra conhecidos, na época, como Fazenda Alvorada.
Distrito de Paz e fundação do município de Dourados, Pela da Lei nº 658, de 1914, Dourados é elevado a distrito do município de Ponta Porã, e sua abrangência incluía os dois distritos policiais existentes na época (que foram criados em 1910). Foi aí que surgiu o Distrito de Paz. Nessa época algumas pessoas já haviam fixado residência com suas famílias na região (o mineiro José Serrano se fixou em Iguaçu). Pelo decreto n° 402 de 3 de setembro de 1915, é reservado 3.600 hectares do município de Ponta Porã, para o patrimônio da povoação de Dourados. Foi só em 1935. que Dourados emancipando-se do município de Ponta Porã. Nos anos 70 se definiu como centro regional do sul de MS e começou a se desenvolver, atraindo levas de migrantes, principalmente de estados próximos (SP, PR e RS). Nos anos 2000 ganhou seu primeiro shopping center (Avenida Center) e sua primeira universidade federal (UFGD). Em função do processo de redefinição de uso do solo e conseqüentemente do seu valor de troca ocorreu um remanejamento (ou afastamento) da população que não pode arcar com os novos preços estabelecidos ou que não pode pagar pela renda da terra.